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Anúncio do Project Atlas

Uma visão para um futuro de jogos nativos em nuvem

29 de outubro de 2018

Por Ken Moss, Diretor de Tecnologia da Electronic Arts

 

Acho que tenho o melhor emprego do mundo. Em minha infância, eu gastava todos os meus trocados e o meu tempo no fliperama do bairro. Foi lá também que encontrei um grupo incrível de amigos. Aos 13 anos, programei o meu primeiro videogame. Quando fiz 15, vendi meu primeiro jogo numa fita cassete para Commodore 64. Quatro anos atrás, vim para a Electronic Arts na função de CTO. Dois anos depois, assumi a liderança do nosso engine de jogo Frostbite. O meu trabalho é criar a tecnologia que potencializa os jogos, trazendo um pouco mais de felicidade para 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo. E hoje, tenho o prazer de compartilhar um pouco do que estamos trabalhando e que vai mudar a maneira de fazer os jogos do futuro.

A nossa indústria avançou muito desde a minha juventude. Mas tendo em vista os próximos anos, acredito piamente que o que está no horizonte trará mudanças ainda maiores do que qualquer outra na história dos jogos.

Na EA, temos uma visão do futuro em que os jogos vão além das experiências envolventes que os jogadores têm hoje em dia. Estou falando de jogos que oferecem mundos vivos, em constante evolução. Você jogará um dia e, quando voltar no outro, as coisas terão mudado com base nas ações de outros jogadores, da inteligência artificial e até do mundo real. Essas novas experiências levarão a interações sociais mais profundas e significativas. Os títulos que vocês jogam, os personagens que criam e as experiências que têm juntos criarão uma plataforma compartilhada para amizades em todo o mundo. Acredito que esse é um futuro onde os jogos se tornarão a forma de entretenimento mais gratificante. Vocês poderão jogar com seus amigos a qualquer hora, lugar e em qualquer dispositivo.

Até agora, o que estou descrevendo tem sido possível de forma fragmentada, ainda nos primeiros passos. Mas estamos num ponto de virada em que tecnologias disruptivas importantes e complementares estão sendo implementadas. Em nossa indústria, conseguimos avanços tecnológicos notáveis em inteligência artificial, nuvem, computação distribuída, recursos sociais e engines de jogo. Mas como essas tecnologias evoluíram separadamente, tem sido difícil conceitualizar o que seria possível ao se juntar todas elas. Isso está prestes a mudar. Tecnologias disruptivas — quando unidas de forma complementar — resultarão num desbloqueio verdadeiramente profundo para os criadores de jogos.

Hoje, quero compartilhar um pouco do que estamos trabalhando para juntar algumas das tecnologias mais transformadoras numa plataforma de desenvolvimento de jogos com integração de “engine de jogo + serviços”. Uma plataforma projetada desde o cerne para fazer uso da enorme potência da computação de nuvem e da inteligência artificial e colocá-la nas mãos dos criadores de jogos numa experiência única, eficaz e fácil de usar.

Nós a chamamos de Project Atlas e acreditamos tanto nessa plataforma que temos mais de mil funcionários da EA trabalhando nela todos os dias, além de dezenas de estúdios em todo o mundo contribuindo com inovações, priorizando e já fazendo uso de vários dos seus componentes.

Um futuro nativo de nuvem

Vamos começar com um olhar rápido sobre o processo atual de desenvolvimento de jogos. São dois componentes principais para criar um jogo, do ponto de vista de tecnologia:

  • O engine de jogo — que é o que controla os aspectos “fundamentais” do jogo, como a renderização dos gráficos, lógica de jogo, física, animação, áudio e um conjunto de ferramentas para a criação do jogo.
  • E um conjunto robusto de serviços como autenticação e proteção da identidade de jogador, organização de partidas e conquistas, além de comunicações sociais com amigos que realmente dão vida ao jogo — tudo isso com suporte de gerenciamento de dados comuns e hospedagem de serviços e jogos.

Vamos falar de engines de jogo em primeiro lugar. Somente alguns engines de jogo em todo o mundo possuem uma capacidade global. Entre esse grupo seleto está o engine de jogo Frostbite — que está por trás de alguns dos nossos jogos mais populares, complexos e exigentes, como Battlefield, FIFA, Madden, Dragon Age, Need for Speed, além de um futuro e incrível jogo de mundo dinâmico chamado Anthem. Jogos imersivos sempre foram populares, assim como os desenvolvedores que têm o dom de recriar o nosso mundo de formas interessantes — e um engine de jogo é, essencialmente, uma caixa de ferramentas dos criadores. A representação da luz, cores e vida no mundo físico tem sido explorada por artista há séculos. No século passado, o hiper-realismo surgiu como um gênero de pintura e escultura, cujo objetivo era representar com precisão a vida capturada pelas fotografias coloridas, da mais alta resolução, da época. No mesmo cronograma, surgiu a arte da representação precisa do movimento, à medida que uma nova classe de artistas de animação começou a estudar e modelar o movimento de pessoas, animais, grama ao vento e outros elementos da vida. Desde que a revolução dos computadores possibilitou o desenvolvimento de PCs e consoles, artistas de videogame estiveram na vanguarda do hiper-realismo para uma animação fisicamente mais precisa — tudo a serviço da diversão.

Para ajudar os desenvolvedores a oferecer experiências realistas e divertidas para os jogadores, a EA tem desenvolvido tecnologias avançadas dentro do nosso engine de jogo Frostbite para:

  • Renderizar cenas que modelam com mais precisão as propriedades físicas das fontes de luz e suas interações com tipos diferentes de materiais.
  • Aplicar uma combinação de modelos inteligentes de física com técnicas avançadas de animação, para representar com mais precisão os movimentos, como colisões e a destruição de diferentes tipos de objetos — e também para fazer com o que os personagens do jogo e os fluidos se movam com mais naturalidade dentro de ambientes complexos.
  • Utilizar fotogrametria 3D avançada, big data, visão computacional e inteligência artificial para sintetizar, de modo processual, paisagens de incrível aparência natural que mantêm a qualidade de imagem, em qualquer tamanho e qualquer resolução.
  • Fornecer inovações nos campos de áudio, cinemática e na aplicação rigorosa da ciência da computação para possibilitar experiências melhoradas.

Por muito tempo, o desenvolvimento de engines de jogo focou na criação de gráficos melhores, mas agora, desenvolvedores e jogadores já sabem que se deve dar atenção a experiências melhores de jogo — e os gráficos são apenas um dos componentes.

Isso nos leva a um segundo e mais recente componente do desenvolvimento de jogos — os serviços de jogos online que possibilitam experiências profundamente conectadas entre jogadores e conteúdo. Realizamos inovações de novos recursos que estão impulsionando a maneira como pensamos sobre os serviços que envolvem um jogo. À medida que nosso setor passa por uma nova era de conectividade, os jogadores naturalmente começam a pedir entretenimento mais personalizado, para consumir como e quando quiserem, com mais oportunidades para interagir de forma colaborativa com o conteúdo. Os serviços de jogos estão evoluindo para ampliar essas experiências em vários jogos, em mais dispositivos, criando novas oportunidades empolgantes para jogar de forma social.

É por isso que a EA investiu pesado numa nova geração de serviços de jogos online nos últimos anos. Para capacitar os desenvolvedores de jogos a criar, implementar e gerenciar com mais facilidade essas experiências conectadas de jogos, há necessidade de:

  • Recursos sociais profundos, desde estruturas como amigos e grupos, até gráficos sociais e de relações, além das comunicações entre eles.
  • Capacidade de capturar, criar, compartilhar, avaliar e descobrir conteúdo entre usuários.
  • Organização de partidas e experiências de jogo ajustadas para as preferências de cada jogador individual – para uma personalização sem precedentes – ao mesmo tempo em que se protege seus dados e se respeita sua privacidade.
  • Federação e criação de identidades, fazendo surgir oportunidades cada vez maiores para conexão e jogos entre dispositivos e ecossistemas.
  • Tudo isso aproveitando esquemas e sistemas de dados comuns — otimizados por meio de experimentação e com um conjunto crescente de cenários com a tecnologia de aprendizado de máquina.

A “nuvem” é um termo usado para descrever uma rede global de servidores — que no contexto dos jogos são usados para armazenar e gerenciar dados, além de executar jogos e serviços relacionados. A nuvem não é uma construção física específica. Ao contrário, é um sistema distribuído e conectado que ajuda a fornecer serviços a uma população mundial que joga. Quando falamos em jogos na nuvem, estamos falando de um jogo que reside num serviço da EA, em vez do dispositivo móvel ou PC do jogador. O gamer entra no jogo após instalar um cliente leve que pode acessar os servidores da EA, onde os jogos são executados. Estamos desenvolvendo software que utiliza a nuvem para processar remotamente e transmitir jogos multiplayer de sucesso, em HD, com a mais baixa latência possível, além de criar ainda mais possibilidades para jogos dinâmicos, sociais e entre plataformas. Além disso, estamos investindo nos jogos na nuvem para possibilitar personalização mais profunda e, eventualmente, criar um mundo repleto de conteúdo gerado pelos usuários — apagando as divisões entre os domínios discretos de serviços e engines de jogo. Na realidade, o motivador principal da plataforma unificada de próxima geração da EA, é a fusão desses dois domínios, antes distintos, juntamente com o paradigma dos jogos na nuvem.

Aplicação da IA para soltar as amarras da criatividade

Até agora, conversamos sobre os recursos que possibilitariam inovações suficientes, por si sós. Mas é especialmente empolgante ver como podemos avançar os jogos com uma tecnologia que a indústria ainda está desbravando — a Inteligência Artificial. Quando a IA estiver disponível em todos os lugares, os desenvolvedores a usarão para otimizar quase todos os elementos de um jogo — desde a distribuição de recursos num shooter online, até povoar e evoluir mundos virtuais gigantescos com mínima intervenção manual, possibilitando a personalização profunda em larga escala dos agentes dentro do jogo.

Aproveitar a IA e o aprendizado de máquina também dará aos desenvolvedores de jogos a capacidade de criar interações dentro do jogo, com personagens não controlados por jogadores – conhecidos como NPCs (non-playable characters) – de uma forma que será virtualmente indistinguível de uma interação humana. Então, em vez de uma lógica baseada em padrões e pré-escrita, isso possibilitará que um NPC interaja de forma dinâmica, contextual e absolutamente crível. Por exemplo, imagine que está jogando o Madden e acabou de permitir a sua segunda interceptação do jogo contra a mesma defesa cover 2, que causou o primeiro turnover. Em vez do narrador simplesmente dizer que você perdeu a bola, a IA possibilita que a narração contextual em tempo real faça referência ao fato de que você arremessou para fora contra uma defesa cover 2 e que deveria ter jogado a bola para a área desprotegida pelo adversário para o seu tight end, que estava livre no meio. Isso certamente avançaria o jogo para um nível maior de realismo contextual e experimental. A IA está trabalhando com a sua jogabilidade. Ela responde às suas necessidades como jogador.

Outro uso da IA é verdadeiramente significativo — fazer com que computadores auxiliem os criadores na mais artística das empreitadas humanas — criar arte. Hoje, estamos inovando com a IA para compor e desempenhar músicas originais de uma forma realmente relevante e personalizada, para todos os momentos de jogo. Imagine um mundo onde uma enorme e talentosa orquestra virtual está por trás de todos os jogos e novas trilhas originais são compostas, inspirada na cena em que você está jogando. Cada ambiente pode ter seu próprio tema musical, que é combinado com os temas de inimigos ou aliados que podem estar presentes. Além disso, imagine que, à medida que a ação fica mais intensa — o ritmo da música acelera para compensar. A música é realmente uma das forma mais eficientes para evocar emoções fortes, que deixarão a jogabilidade ainda mais envolvente. Além da música, há outras formas de arte, incluindo comportamento dos personagens e até a narrativa bruta da história. Mal posso esperar para ver do que estúdios incríveis, como a BioWare, serão capazes de fazer quando seus lendários escritores se juntarem com o poder da IA para criar histórias ainda mais intensas, únicas e personalizadas para o mundo em geral.

Da mesma maneira que todos os recursos que descrevemos, a nossa visão com a IA é criar algo transparente, simples e complementar para o jogador, nunca intrusivo e jamais algo que desequilibre a experiência. Jogos devem ser divertidos, e nós queremos oferecer aos desenvolvedores uma ferramenta que possibilite uma IA do jeito certo para os contextos certos, de modo que que a diversão sempre esteja em foco, ao mesmo tempo em que se mantém a jogabilidade justa.

Uma nova plataforma

Estamos ocupados com a integração de toda essa funcionalidade diretamente numa nova e revolucionária plataforma de jogos que chamamos de Project Atlas. O Project Atlas foi projetado para fazer uma convergência com o engine de jogo Frostbite, os serviços de jogos e a inteligência artificial — para criar uma nova plataforma de desenvolvimento de jogos, otimizada para um mundo capacitado pela nuvem. Será uma plataforma totalmente integrada, capaz de criar experiências dimensionáveis, sociais e de grande escala do futuro. Enquanto no passado, recursos como hospedagem de nuvem, organização de partidas, mercado, dados, IA, conquistas e social eram separados das ferramentas de desenvolvimento no engine de jogo, a plataforma Project Atlas será capaz de implementar todos esses serviços de forma nativa com uma solução unificada.

Essa é a convergência que acreditamos ser tão empolgante e libertadora. A distribuição pela nuvem de serviços do engine de jogo libertará o engine das restrições de processamento de um único dispositivo de computação, trazendo mais possibilidades para uma personalização aprofundada. Um mundo repleto de conteúdo gerado por usuários será possível, com a crescente ubiquidade da computação em nuvem. À medida que isso começar a tomar forma, o que realmente acontecerá é o fim dos limites entre engine de jogo e de serviços. Os dois mundos antes distantes, do engine e dos serviços, estão se fundindo, e o que surge é a necessidade de uma plataforma unificada de próxima geração.

Essas são algumas das formas como vemos o Project Atlas em ação:

A potência agora ficou fácil

A indústria viu avanços tecnológicos incríveis recentemente, por exemplo:

  • Padrão de baixa resolução para o Ultra HD com High Dynamic Range.
  • Conectividade 4G e WiGig para o futuro 5G.
  • Um grande número de inovações de gráficos em 3D na iluminação, texturização e renderização de objetos.
  • Big data, treinamento de algoritmo de rede neural realizado nos servidores, com inferência no lado do cliente.

Cada uma dessas evoluções da tecnologia tem o potencial de melhorar as experiências de jogo. Mas o paradoxo é que com cada salto de geração, o esforço gasto com a criação dos ativos de jogo necessários para sentir os benefícios dessas inovações, se torna proporcionalmente mais caro. Sem uma automação significativa, torna-se quase insustentável dimensionar além dos tamanhos de jogos atuais, porque a demanda de horas de trabalho dos criadores e o custo não aumentam. Tome-se as exigências de um jogo de aventura e ação de mundo aberto, por exemplo. Há uma densidade necessária de ativos — o número de montanhas, árvores, inimigos e veículos por bloco de terreno — para que se mantenha um mundo envolvente e interessante para os jogadores explorarem. É comum que no auge de um jogo seja preciso mais do que cinquenta artistas trabalhando muito, porque todo ativo requer semanas, meses ou até anos de trabalho para que os desenvolvedores o projetem e o coloquem em funcionamento. Se não, o resultado são ambientes repetidos por "copiar-colar" dentro do jogo que, ainda que cubram uma grande área, ficam irreais e tediosos.

Com o Project Atlas, estamos começando a colocar o poder da IA nas mãos dos criativos. Em um exemplo, estamos usando dados LIDAR de alta qualidade sobre cordilheiras reais, passando esses dados por uma rede neural extensa treinada para criar algoritmos de construção de terrenos, criando um algoritmo que ficará disponível dentro da caixa de ferramentas de desenvolvimento da plataforma. Com essa geração de terreno auxiliada por IA, os designers poderão gerar em segundos, não apenas uma única montanha, mas uma série de montanhas e todo o cenário em volta, com o realismo do mundo real. Lembrando-me de quando tinha 15 anos e era um criador de jogos iniciante, fico especialmente empolgado sobre o que tudo isso significa para desenvolvedores pequenos e grandes. E esse é apenas um exemplo de dezenas ou até centenas de aplicações de tecnologias avançadas que ajudarão equipes de desenvolvedores de todos os tamanhos a criar jogos maiores e mais divertidos.

Dimensionamento infinito

Com o Project Atlas, estamos trabalhando para otimizar a distribuição do engine de serviços por nuvem para processar renderização, física e simulação de um jogo, em vez de ficar restrito às especificações de um único dispositivo computacional do lado do cliente. Com o Project Atlas, que é nativo da nuvem, teremos a capacidade de ir além das limitações de sistemas individuais. Antes, qualquer simulação ou renderização de ação, dentro do jogo, era limitada pelo desempenho de processamento do console ou PC do jogador ou por um único servidor que interagia com o seu sistema. Ao fazer uso da tecnologia da nuvem, os jogadores podem utilizar uma rede de vários servidores, dedicados a tarefas computacionais complexas e trabalhando em paralelo com seus próprios dispositivos, para fornecer coisas como destruição hiper-realista dentro de novos jogos HD, virtualmente indistinguível da vida real —  estamos trabalhando para implementar esse nível de envolvimento de jogo em todos os dispositivos.

A integração de redes distribuídas no nível da renderização significa dimensionamento infinito pela nuvem. Nos jogos multiplayer típicos de hoje em dia, o desempenho do jogo é um malabarismo entre os diferentes recursos e restrições de qualidade — memória, CPU, GPU, fidelidade, resolução e taxa de quadros. Hoje em dia, esse malabarismo entre tantas restrições diferentes geralmente chega, em seu ápice, com cerca de 100 jogadores competindo ao mesmo tempo, num mapa de algumas dezenas de quilômetros quadrados. Mas a nuvem começa a eliminar essas limitações. Milhares de jogadores poderiam competir num único mapa de centenas ou milhares de quilômetros de distância, numa sessão de jogo que poderia durar dias, semanas ou anos, com progressão e persistência de campanhas e estações realistas. Os limites técnicos se expandem exponencialmente e os designers de jogo podem se concentrar em maximizar a diversão.

Fazer com que o engine seja executado na nuvem também significa que podemos evoluir as ferramentas de colaboração, que são centrais ao processo efetivo de design. Antes, era mais fácil quando somente um desenvolvedor trabalhava num mapa por vez para evitar uma fusão complicada com as alterações de outros desenvolvedores. Mas com o design certo do engine, múltiplos designers poderiam compartilhar esse mapa e possibilitar atualizações simultâneas num ambiente verdadeiramente colaborativo e criativo. Isso significa que não importa se estiver numa equipe de 500 ou de apenas cinco pessoas, agora você tem a habilidade de dimensionar jogos e de criar experiências envolventes, de formas sem precedentes.

Apagando os limites entre jogar e criar

Também vemos que os jogadores querem mais controle criativo. Modificações, transmissões ao vivo, criação de skins, assistir — não posso imaginar uma plataforma de jogos do futuro que, em seu cerne, não atenda aos jogadores que ajustam, criam e compartilham de formas significativas. Mas atualmente, modificar um jogo geralmente exige uma profunda experiência técnica, que às vezes beira o hacking.

Já que a plataforma de desenvolvimento do futuro hospeda o fluxo de trabalho do conteúdo do jogo na nuvem, podemos abrir com facilidade e segurança formas mais potentes para que os jogadores possam criar dentro dos jogos e serviços. Você pode sonhar, transformar a sua própria visão em realidade e compartilhar as suas criações com os amigos ou todo o mundo. Seria até possível negociar suas ideias e visões com a comunidade. Para desbloquear esse potencial, será preciso um engine capacitado pela nuvem, que integre os serviços de forma simples. Você precisaria de uma versão acessível do jogo e um banco de dados de ativos modificáveis. Também seria necessário um mercado comum para compartilhar e avaliar as criações dos jogadores. Tudo isso ainda não existe, mas isso é exatamente o que buscamos com o Project Atlas.

Jogadores e desenvolvedores querem criar. Nós queremos ajudar. Apagar os limites entre produtores de conteúdo e jogadores, realmente democratizará a experiência de jogo.

Escolha, segurança e controle

Há um futuro empolgante no horizonte, conforme aumentamos o uso da potência da IA, da nuvem e dos dados. Outra realidade que ganha mais foco nessa era digital é a necessidade de garantir que todos os jogos e experiências continuem divertidas, agradáveis e seguras. Uma experiência de jogo capacitada por redes é aquela que está profundamente envolta em serviços conectados, mas que também requer uma troca maior de dados e informações. Sendo assim, há necessidade de proteger absolutamente os dados e a privacidade dos jogadores.

Essa é apenas uma das muitas maneiras em que o Project Atlas pode ajudar a capacitar os criadores de jogos. Quando o engine de jogo e de serviços eram desenvolvidos e operados separadamente, os desenvolvedores tinham que gerenciar e proteger dois pipelines de dados. Com a plataforma unificada do Project Atlas, os criadores de jogos terão a habilidade de implementar, sem dificuldades, configuração, certificados SSL, criptografia adequada de dados e patches sem interrupções para todos os recursos, a partir de uma única origem protegida. Isso significa que eles podem se concentrar no que os criadores de jogos fazem de melhor — criar os melhores jogos.

Visto em sua totalidade, desenvolver a tecnologia por trás do Project Atlas — aumento da dimensionalidade, fácil utilização de potência computacional, desbloqueio da IA e melhoria da segurança — é apenas um passo em direção ao futuro.

O que há de tão diferente aqui? Parte disto já existe.

Neste momento, alguns desses recursos já existem de forma separada, mas são muito difíceis de usar e precisam ser conectados e configurados manualmente a cada surgimento de nova capacidade. Isso cria oportunidades enormes.

O custo da oportunidade pode ser visto em descoberta criativa, qualidade dos jogos e inovação. Isso afeta ainda mais os desenvolvedores menores e independentes, onde o capital humano é finito. Se investir tempo e esforço em um aspecto do desenvolvimento, tem que tirar de outro lugar. No momento, os desenvolvedores precisam gastar muito tempo para fazer com que serviços fragmentados funcionem juntos. Precisam dispender tempo em configuração, integração, registro e programação manuais. Tempo e recursos que poderiam ser gastos na criação de jogabilidade, conceitos, história ou personagens novos. Estamos solucionando algumas das demandas manuais mais intensivas, ao reunir recursos de IA em um engine e serviços habilitados para nuvem em grande escala. Com uma plataforma integrada que oferece consistência e fornecimento simples do jogo, os desenvolvedores terão mais tempo, capacidade mental e energia para a criatividade. Isso quer dizer que haverá mais capacidade para descobrir o próximo grande sucesso. Jogos não são apenas um software qualquer. Trata-se de dar oportunidade aos criadores de jogo de se concentrarem no que mais importa — a criatividade, o talento artístico e a diversão.

E depois? E quando?

Já há tanto encaminhado para trazer o Project Atlas à vida e vamos nos certificar que essa plataforma seja resistente. A EA tem dezenas de estúdios e equipes de tecnologia de nível internacional, com algumas das mentes mais criativas e de maior capacidade técnica de todo o setor de jogos – e eles são o nosso ingrediente secreto. A empresa inteira está unida na conceitualização, criação, testes e implementação das ferramentas de desenvolvimento, todos os dias. Podem acreditar, são parceiros com altas expectativas e não queremos que eles se segurem. Eles farão testes de pressão no que criarmos, para que fique ainda melhor.

À medida que trabalhamos cada vez mais com parceiros externos para aprimorar a plataforma, queremos que eles também compartilhem e troquem ideias, garantindo que a plataforma que estamos criando atenda às suas necessidades. E como sempre, nossos jogadores continuarão a ser nossos guias, dizendo-nos o que querem ver em suas futuras experiências de jogos.

Sem dúvida, essa será uma jornada emocionante e quero convidar a todos para se juntarem a nós. Convido todos a voltar aqui para atualizações regulares sobre esse projeto. E se você gosta de criar jogos, venha trabalhar com a gente e nos ajude a fazer desse futuro uma realidade.

Estou ansioso para ver o que podemos criar juntos.

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